16.10.12

Porta Aberta

Dos teus olhos esmiuçados
Eu só quero o cheiro da blusa
E das noites e dias de nada
Só devolva-me os abraços

Do carinho que eu lhe tive
Jogue fora o que não serve
Mas salve consigo pra sempre
Os trajetos dos meus dedos

Deixe ao lado minhas rimas
Deixe estar, deixe pra lá
Nunca lhe pedi afeto
E, de fato, não penar

Deixe em paz meu choro manso
Que eu perdôo sem pensar
Meus caminhos amiúde
Nunca mais vais explorar

E se um dia divagares
Podes vir bem devagar
Só não peça-me o que teves
E não soube desfrutar

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é.