De manhã já cedo
Bem sutil, bem lento
Nos acorda o vento
Pra roubar o sono
Ele vem mansinho
Não pede passagem
E segue viagem
Como cão sem dono
Pra roubar-te as roupas
Mexer teus cabelos
Arrepiar-te os pelos
Levar o abandono
Traz consigo a chuva
Lava os desencontros
Cobre com seu manto
As noites do outono
Como uma valsinha
Vai pra todo lado
Dança nos telhados
Doce e sem engano
9.9.12
4.9.12
Nós
Com Pedro Jardim
Último adeusJá não sou mais teu
Devolva o que é meu
Já se foi...
Foi-se o tempo
O desalento
O escravo sentimento
De nós dois
Foi tão bom
O teu cheiro, teu batom
Teus versinhos de drummond
Teus lençóis
Teu bom dia
Preencheu minha vida
Em plena harmonia
Mas depois
Fez-se noite
Mas não chore, não note
Se meu dia ainda é ter-te
A sós.
Foi-se tanto
Tanto riso, tanto pranto
Que ao menos por enquanto,
Nós.
Un matin d'orage
Minhas palpebras despedem-se doces
Minhas costas se entendem com a cama
Meus sonhos brincam de pique-esconde
Com a chuva que cai lá fora
Meus dedos se abraçam preguiçosos
Meus olhos dançam estáticamente
Alguma coisa parece não estar no lugar
O resto do mundo nem sente.
Oníricas gotas zombam de mim
Qual pretensiosos meus pés ao andar
Eu tenho preguiça, a preguiça me tem
Ainda nem é de manhã.
O que o sol vem fazer tanto faz como fez
Os meus olhos só querem fechar pra ficar
Eu quero sorrir e quero amanhecer
Eu quero acordar em outro lugar.
Minhas costas se entendem com a cama
Meus sonhos brincam de pique-esconde
Com a chuva que cai lá fora
Meus dedos se abraçam preguiçosos
Meus olhos dançam estáticamente
Alguma coisa parece não estar no lugar
O resto do mundo nem sente.
Oníricas gotas zombam de mim
Qual pretensiosos meus pés ao andar
Eu tenho preguiça, a preguiça me tem
Ainda nem é de manhã.
O que o sol vem fazer tanto faz como fez
Os meus olhos só querem fechar pra ficar
Eu quero sorrir e quero amanhecer
Eu quero acordar em outro lugar.
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