Os dias que passam parecem sem cor
E os meus pensamentos assemelham telas
Meus olhos só sabem do que nunca viram
E o resto do mundo eu só sinto em parcelas
Letargicamente eu esboço sorrisos
E, por empirismo, me cravo em penar
E, por compaixão, eu choro ao dormir
E, por estar longe, eu não quero acordar
Se é chuva ou se é sol já não faz diferença
A não ser que uma nuvem venha me levar
Pra outros abraços e outros sorrisos
(E que dessa vez eles sejam gratuitos)
Pra que eu possa, enfim, me deixar espalhar
Mas não, não sou triste
Feliz tambem não
Só quero saber até onde vai dar
Pra ser desse jeito sem ter de explicar
O limite entre o eu e a total omissão
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é.