13.5.12

Soneto de um dia de chuva

O tempo floresce, já todo calado
Cansado de sol, exausto de prece
Nublados do céu que o tempo enaltece
A chuva colore a dor e o asfalto

As gotas se embalam, lavando o pecado
Dançando no céu que a água embranquece
A chuva só traz do que a noite padece
Em branco leitoso do céu, já molhado

Envoltos em sol e cheios de céu
Os pingos se embolam e trazem, inertes
Um pouco de luz e um mundo de fel.

Em uni-oração, no tescer do véu
A chuva só quer que o tempo desperte
Um pouco de tudo, como um carrossel






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é.