A valsa suave dos teus dedos
Me percorre até o fim da memória
Nós sorrimos, encarcerados em nós
E saudamos o escasso mundo
Nossos olhos entrelaçam-se
Nossas bocas imploram mais
Enquanto nos separamos a ermo
Na eternidade do resto do dia
Eu chego já tarde e já triste
Tu chegas dançando sem par
Me chega ao teu peito, e gritas
Escarnecendo a minha ausência
Nós gritamos de tanto saber
De ciúme, de raiva, de dor
E, ternos, nós vamos dormir
Eternos em sonho dolente
Presos em sonho e em um
Nós vamos enfim nos deixar
Tu vais, de volta ao nunca
E eu vou, pra nunca voltar
Nenhum comentário:
Postar um comentário
é.