18.5.12

Permutação

Já não falo de amor a esta hora
Já não quero brincar com você
Meu amor já não brinca há muito
E você já não fala em querer

Já não espero que o tempo entenda
Que a noite é uma criança chorona
Pois, chorona, eu espero a noite
E entendo que o tempo é criança

A música de sempre não toca
E os olhos abertos não vêem
Mas eu toco os olhos em sempre
E a música se abre pra mim

Num compasso sem passo e sem fim
Eu me embalo, talvez meio errada
E errados, os passos me embalam
Para o fim, talvez no compasso

Tu abres o peito e me abraças
Eu sufoco calada e choro
No sufoco do teu sempre abraço
Eu choro em teu peito calado

Um comentário:

é.