Os olhos fecham-se.
Do jeito com que se fecha uma janela enferrujada
Como se estivessem enferrurajados, gemem,
pois pro cansaço não há paz que satifaça.
Não há tormenta que não durma,
ou demônio que não acorde
Dormindo ao sabor do barulho da rua
ou de qualquer outro sabor de noite
Nós balbuciamos qualquer coisa tola
e dormimos pra tentar sonhar
Nós nos ninamos sem dizer palavra
e nos amamos antes de acordar
Nós dormimos com o vazio
E o vazio dorme conosco.
"Não há tormenta que não durma,
ResponderExcluirou demônio que não acorde
Dormindo ao sabor do barulho da rua
ou de qualquer outro sabor de noite
Não há em si uma razão para sonhar
senão a interseção entre inexistir e acordar"
Bruna Leandro sobre Sofia Belo nos últimos meses.