15.6.12

Fundo

Eu vivo em eterno sufrágio
Por vício, virtude ou labor
Eu morro em gentil sacrilégio
E, morta, eu vivo de amor

Eu morro a cada suspiro
E a cada pergunta no ar
Mas quando anoitece, eu vivo
Mas vivo sem dó de matar

Sem morte, nem vida, nem riso
Sem queda, sem sono, sem ar
Eu morro-te, amo-te, vivo-te
E esqueço-te assim que calhar.

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é.