6.11.12

Giramundo

De cores, sabores, segredos
De espaços vazios, sagrados
O mundo gira de bom grado
Gira intermitente,
não para.

Fumaça que sobe indecente
Nas vias aéreas da gente
No peito morto incandescente
Doente canção,
que não para.

Se faz de amplidão, solidão
De vácuo, de inexatidão
Que corre pela multidão
E as minhas lamúrias,
não param.

E viver não é pois tortura
Distorção total da figura
De ser e viver com ternura
De anseio a saber,
que não para.

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é.