16.4.12

Agora

Infindável agora
Onde está o dia
Que nunca raiou
na minha agonia

Onde está o pasto
Onde está o cerco
Do que resta ao rastro
do teu aconchego

Onde está a chance
Onde está o ar
Que me cabe ao antes
e depois de amar

Sendo eu sem rumo
e você sem par
Sendo o patio escuro
um secreto altar

Sem sabor nem cheiro
e sem hesitar
o meu peito cheio
se esvazia em mar

Sem mentira e gosto
Sem chorar ou rir
Sem mostrar no rosto
O que não dormi

Isenta de nada
Pesada de pena
Sou então pequena
Sou então alada,

Agora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

é.