28.9.10

Strambotto

Senhora do meu semblante
Que ministra à vida o seio
Etérea fada em devaneios
Inexorável sepulcro do fel

Quimera a quem impinjo côrte
Guardo avesso ao teu sorteio
Cada um dos teus anseios
Tão modestos quanto o céu

Quem dera poder cegar-te
E proibir teus pétreos olhos
De correr de encontro aos meus

Pudera eu tender à sorte
De um acaso vil-simplorio
Desbotado em teu adeus

Esgotado junto à morte
Logro o corte do teu ser.

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é.